
A Terra, um planeta em mudança
Desde há cerca de 4600 milhões de anos que a Terra tem vindo a sofrer numerosas transformações. Os seres vivos atuais resultam da evolução dos seres vivos ao longa da vida da Terra. O homem, nomeadamente os geólogos com o contributo de outras áreas da ciência tem procurado explicar as evoluções do nosso planeta.
Príncipios básicos do racíocinio geológico:
Existem duas principais linhas de pensamento, uma envereda por uma sucessão de acontecimentos violentos (Catatrofismo) e outra por uma sucessão tranquila (Uniformitarismo).
Catatrofismo: Esta teoria, defendida por Georges Cuvier (pai da paleontologia), dizia que as grandes alterações da Terra foram originadas por catástrofes. Tinha influências das crenças religiosas e dominou nos séculos XVII e XVIII sendo rejeitada no século XIX. Cuvier, explicava que as grandes extinções originaram-se por catástrofes que ocorriam na Terra com alguma regularidade, a última teria coincido com o dilúvio descrito na Bíblia. Seguia-se um período de calmia e as espécies extintas eram substituídas por outras espécies que viriam de locais não afetados pelas catástrofes.
Georges Cuvier (1769 -1832), pai da paleontologia, foi um acérrimo defensor desta teoria.
Cuvier, explicava que as grandes extinções teriam ocorrido por catástrofes que ocorreriam na Terra com alguma regularidade, a última teria coincido com o dilúvio descrito na Bíblia, o que se seguia um período de calmia e as espécies extintas eram substituídas por outras espécies que viriam de locais não afetados pelas catástrofes.
Uniformitarismo- Esta defende que as alterações na Terra são um somatório de pequenas alterações originadas por processoa lentos e naturais. As catástrofes naturais são vistas como fenómenos pontuais sendo incapazes de provocar as alterações na Terra.
Foi uma teoria defendida por James Hutton (pai da geologia moderna). Segundo ele, as montanhas terão sofrido desgaste dos agentes erosivos ao longo de um grande período de tempo e que as transformações geológicas poderiam ser explicadas à luz do que acontece na atualidade (princípio do atualismo).
James Hutton (1726 -1797), pai da geologia moderna, foi um defensor desta teoria. Segundo ele, as montanhas terão sofrido desgaste dos agentes erosivos ao longo de uma grande período de tempo e que as transformações geológicos poderiam ser explicadas à luz do que acontece na atualidade (Princípio do Atualismo : "O presente é a chave do passado." - Os processos modeladores da Terra no presente terão sido os mesmos do passado. O Atualismo permite interpretar os processos antigos à luz dos acontecimentos atuais, no entanto, é preciso reconhecer que alguns fenómenos catastróficos poderão ter tido inlfluência na transformação da Terra.).
Hutton reconheceu que alguns fenómenos catastróficos poderiam ter influenciado a história da Terra e surge então um novo pricípio:
Neocatatrofismo - O planeta vai-se transformando gradualmente através de fenómenos naturais mas esporadicamente os fenómenos catastróficos influenciam na evolução da Terra. A ideia de base está no uniformitarismo mas inclui a influência dos fenómenos catastróficos.
Mobilismo Geológico:
Antes do século XIX admitia-se que na Terra haviam movimentos de blocos continentais que explicavam a formação de cadeias montanhosas.
No século XIX começou a surgir a ideia que o aspecto da superfície terrestre mudaria em consequência dos movimentos laterais das massas continentais.
E em meados do século XX com a Teoria da tectónica de placas dá-se uma revolução na geologia.
Teoria da Deriva Continental
Há milhões de anos (245 milhões de anos atràs) os continentes estiveram todos unidos formando um super-continente (Pangea), rodeado por um super-oceano (Pantalassa). Esta teoria foi defendida por Alfred Wegener que não conseguiu propor o mecanismo responsável pelo movimento dos continentes, teve que se esperar pela nova tecnologia da segunda metade do século para perceber as causas da deriva dos continentes. O conhecimento dos fundos oceânicos foi aprofundado na 2ª Guerra Mundial, isso foi conseguido a partir de novos aparelhos, os sonares, colocados em navios exploradores.
Dados que apoiam a teoria:
As principais linhas de evidência que apoia a ideia que os continentes estiveram uma vez unidos, e posteriormente moveram-se separadamente; estão baseadas no estudo de fósseis, no estudo das rochas, na justaposição dos contornos geométricos dos continentes e no estudo dos climas.
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Argumentos Morfológicos: Os contornos do continente africano e sul americano encaixam na perfeição.
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Argumentos Geológicos: as rochas no local de encaixe destes 2 continentes, têm a mesma idade e são a mesma rocha.
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Argumentos Paleontológicos: Fósseis iguais de plantas (feto Glossopteris) e de animais (Cynognathus, Lystrosaurus e Mesosaurus) encontravam-se em todos os continentes.
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Argumentos Paleoclimáticos: depósitos glaciares podem ser encontrados em regiões com climas tropicais e subtropicais.
Teoria da tectónica de placas
Explica a deriva continental e a dinâmica da Terra relacionando-a com os fenómenos de vulcanismo e sismos.
A Terra está dividida em vários fragmentos litósféricos ( estão assentes sobre uma camada sólida, mas plástica e moldável, a astenosfera), chamados de placas tectónicas que se deslocam sobre a litosfera, interagindo ao longo do tempo entre si num processo geodinâmico que origina dobras ( Cordilheira Alpina e Andina, por exemplo), falhas, sismos, magmatismo e outros fenómenos geológicos associados a este movimento de placas.
As placas movimentam-se devido a correntes de convecção (correntes geradas pelo magma).
Principais placas tectónicas:
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Placa Africana
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Placa da Antártida
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Placa Australiana
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Placa Euroasiática
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Placa Norte-Americana
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Placa Sul-Americana
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Placa do Pacífico (rodeada pelo cículo de fogo do pacífico)
Limites das placas:
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Divergentes - Zona do rifte (zona de construção da crosta);
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Convergentes - Zona de subducção -fossa oceânica - (zona de destruição da crosta)
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Conservativos - Por exemplo no rifte, perpendiculares a este, existem inúmeras falhas perpendiculares ao vale (falhas transformantes) e onde não há nem construção, nem destruição de crosta. Um outro exemplo é a falha de Santo André, nos USA, local onde existe o contacto da placa do pacífico e da Norte-Americana.
Uma das provas que o Rifte é uma zona de construção de crosta oceânica é o estudo do "paleomagnetismo" (campo magnético da Terra ao longo dos tempos) nas rochas do rifte.
O material vulcânico dos fundos oceânicos é constituído por basalto. O basalto é uma rocha com minerais ferromagnesianos, estes materiais são atraídos pelo campo magnético da Terra (a prova é que te podes orientar com uma bússola).
Quando o material solidifica, os minerais magnéticos ficam com uma determinada orientação.




Teoria da Deriva Continental
